domingo, 7 de março de 2010

“quanto mais se ama menos tudo faz sentido”

Antes de você, minha vida era como uma noite sem lua. Muito escura, mas haviam estrelas - pontos de luz e razão…E aí você apareceu no meu céu como um meteoro. De repente, tudo estava pegando fogo, havia brilho, havia beleza. Quando você não estava mais lá, quando o meteoro caíu no horizonte, tudo ficou escuro. Nada havia mudado, mas meus olhos haviam ficado cegos com a luz. Eu não consegui mais ver as estrelas, e não havia razão para nada.

Eu parecia uma lua perdida – meu planeta destruído em algum cenário de cinema-catástrofe – que continuava, apesar de tudo, numa órbita muito estreita pelo espaço vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade.

…Eu menti, e lamento muito…Lamento porque magoei você, lamento por ter sido um esforço inútil. Lamento não tê-la protegido do que sou. Menti para salvá-la, e não deu certo. Perdoe-me.

Mas como pôde acreditar em mim? Depois de todas as milhares de vezes que eu disse que a amava, como pôde deixar que uma palavra anulasse sua fé em mim?

Meu coração não batia há quase noventa anos, mas isso era diferente. Era como se meu coração não estivesse ali… Como se eu estivesse oco. Como se eu tivesse deixado com você tudo o que havia aqui dentro.

Mesmo eu lutando pra não pensar nele, eu não lutava pra esquecê-lo. Eu tive medo que – tarde da noite, quando a exaustão pela falta de sono quebrasse minhas defesas - eu acabasse me dando por vencida. Eu tive medo que minha mente fosse como uma peneira, e que algum dia eu não lembrasse mais a cor exata dos seus olhos, a sensação do toque da pele fria ou da textura da voz dele.

Eu podia não pensar nisso, mas eu precisava me lembrar disso. Porque só havia uma coisa na qual eu precisava acreditar pra ser capaz de viver - eu precisava saber que ele existia. Isso era tudo. Tudo mais podia ser suportado. Contanto que ele existisse

Eu sempre amei você, e eu sempre. Eu estava pensando em você, vendo o seu rosto em minha mente, durante cada segundo em que estive longe. Quando eu te disse que não te queria, aquele foi o tipo mais negro de blasfêmia.

Meu coração não batia há quase noventa anos, mas isso era diferente. Era como se meu coração não estivesse ali… Como se eu estivesse oco. Como se eu tivesse deixado com você tudo o que havia aqui dentro.


Tudo esta estranho. O amor e suas formas me confunde, sentimentos, nao sei oque devo fazer com dele. Procurando uma saida.

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