sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Facil.

Pensou que se meter comigo é se meter com donzelinha caprichosa? Não!
Sou muito mais do que mera vontade,sou a coragem pra ser o que você teve medo de ver.
Sou muito mais do que você pensa e nada daquilo do que você imaginou; não sou ingênua, não sou inocente e não sou apenas uma garota! Chega de clichês e rótulos pra me definir, isso sufoca! E liberdade é meu sobrenome, a partir de agora. Chega de bancar a boazinha, não sou perfeita, estou mto longe disso e adoro cada pedacinho das minhas imperfeições.
Sou um paradoxo e em momento algum, pedi que me entendessem.. Também não pedi amor, nem carinho. Só pedi respeito e sinceridade. Mas parece que não falamos o mesmo idioma: Você fala masculino e eu feminino! Eu sou bilingui mas você não e, talvez, por isso você tenha tomado o caminho errado da minha estrada...
Quando fechei a porta,percebia que se encerrava uma etapa. Deixei você pra trás com tudo o que não me deixava seguir em frente. Não olhei pra trás e sequer um momento, permiti-me pensar em voltar. Quando fechei a porta, levei comigo todas as lembranças boas pra nunca te esquecer; todas as lembranças amargas, pra nunca ser tentada a voltar atrás. Carreguei comigo o sabor do teu beijo e o gosto da minha lágrima. O calor do teu abraço e o vazio da solidão. A musicalidade da tuas palavras e o eco do silêncio. Quando fechei a porta, vi que estava sozinha. Mas em que momento não estive? Desde quando ficar com alguém, é estar com alguém? Quando fechei a porta, vi que nada foi em vão e que perdi muito tempo. Não me arrependo mas também não me orgulho. Não fui triste mas também não fui feliz. Quando fechei a porta, não senti tua falta, não senti mais nada como já há muito não sentia. Não sentia teu toque, não sentia tua presença, não sentia tua ausência, não sentia você. Quando fechei a porta te tranquei no passado, aquele que não é vivido, aquele que só é lembrado. Um passado de fotografias na memória, com gosto de nostalgia e cheiro de saudade. Quando fechei a porta, olhei pra mim e me afastei de você; amei a mim e desamei você. Abri a porta pra mim e fechei a porta pra você.
A gente sempre se pergunta se vai encontrar o amor e quando encontra,será que reconhece? Por que desejar ser feliz para sempre quando se é apenas feliz? Será que conseguindo tudo o que sempre desejou da vida se pára de desejar? E se parar? O que acontece? Até onde pode ir a vontade de alguém? E quando se deve parar? Se deve parar? E o que fazer quando não se consegue nada do que almejou mas se é feliz mesmo assim? Continuar lutando pelo que ainda não se tem ou se contetar com tudo o que conquistou? Onde ultrapassamos a linha tênue de acomodados para ambiciosos? Como viver? A gente só sabe vivendo... Mas como suprir tantas dúvidas cotidianas? Dizem que a gente morre ainda aprendendo,então... quando se acaba esse aprendizado? E se ele não acaba, qual o motivo de existir. E em contraponto, eu pergunto, por que tudo que tem um começo deve ter um fim? Simplesmente pra satisfazer necessidades medíocres de uma vida vazia e fútil de alguém que nao sabe como viver? Esse alguém? Eu,você,ele e todos aqueles que sofrem de crises existenciais! Somos fúteis,medíocres e contraditórios... Nem eu mais sei o que escrevo nessas linhas de desabafo! Melhor parar antes que eu me reconheça uma louca dentro dessa minha deliciosa loucura!
Nem sempre a vida está de bem com a gente, nem sempre estamos felizes e cheios de vontade. nem sempre temos aquilo que desejamos e nem sempre podemos desejá-lo; é triste saber que escorre pelas nossas mãos aquilo que nunca possuímos. Dói saber que gostamos daquilo que nos faz mal. Não! Nem tudo é uma tragédia grega! Nem tudo está escrito. E se estiver é só passar a borracha e reescrever. Mas nem tudo parece tão fácil. Querer esquecer... Querer apagar... Querer possuir... Querer desejar... Querer... Uma palavra, um simples verbo, que resume a existência do ser humano. Porque existimos para querer. E se não querermos, de que adianta? Querer é poder? Nem sempre. Mas sempre vale a pena.

Nenhum comentário: